Começa nos EUA julgamento de líder das Farc

Ricardo Palmera é considerado o principal dirigente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já capturado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Ricardo Palmera, líder guerrilheiro colombiano será julgado a partir desta segunda-feira nos EUA, acusado pelo seqüestro de três norte-americanos que estão desaparecidos desde 2003. Palmera é considerado o principal dirigente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já capturado. Palmera, conhecido como Simón Trinidad, foi extraditado para os EUA no final de 2004, após ser capturado no Equador. Ele é acusado de conspirar para seqüestrar três norte-americanos, que viajavam em um pequeno avião dos EUA que, em fevereiro de 2003, caiu em território dominado pelas Farc no sul da Colômbia. Acredita-se que o três americanos feitos reféns estejam vivos, embora não tenham sido vistos desde a exibição de um vídeo divulgado pela guerrilha em julho de 2003. As Farc reivindicam do governo colombiano a liberdade de todos os membros do grupo detidos, incluindo Palmera, em troca da libertação de 62 reféns, entre os quais os três norte-americanos - Thomas Howes, Keith Stansell y Marc Gonsalves. De acordo com autoridades, eles eram militares contratados numa missão de inteligência. Palmera também é acusado pela morte de outras duas pessoas que estavam no avião: o americano Thomas Janis e o sargento Luis Alcides Cruz, um colombiano. Os dois foram encontrados mortos a tiros nas proximidades do local onde caiu a aeronave. O julgamento de Palmera é a mais recente evidência de um endurecimento da posição dos Estados Unidos em relação as Farc, que Washington considera uma organização terrorista. Desde 2000, os Estados Unidos forneceram mais de 4 bilhões de dólares à Colômbia para o combate à insurgência e ao narcotráfico. Embora o presidente colombiano Alvaro Uribe tenha indicado disposição em considerar um intercâmbio de prisioneiros, disse que a libertação de Palmera e de outro líder guerrilheiro, Nayibe Rojas, não está em sua mãos, porque ambos foram extraditados para os Estados Unidos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.