
05 de outubro de 2009 | 11h17
As denúncias sobre fraudes levaram o Afeganistão a uma crise eleitoral, no momento em que o Taleban ganha força não só no sul, mas também no norte e oeste do país. Em mais um sinal da crescente ameaça, centenas de militantes lançaram duros ataques no sábado contra dois isolados postos de segurança na província do Nuristão, matando oito soldados norte-americanos. Foi a pior perda para os Estados Unidos em um único confronto em mais de um ano. Funcionários afegãos disseram que forças dos EUA e locais cercaram hoje uma área onde estariam escondidos os agressores.
Resultados preliminares divulgados no mês passado mostravam Karzai com 54,6%, o que lhe garantiria a vitória em primeiro turno. Caso agora ele não chegue aos 50%, haverá segundo turno contra Abdullah. Segundo Zekria Barakzai, diretor da comissão eleitoral, o segundo turno, se necessário, deve ocorrer duas ou três semanas após o anúncio final da primeira votação.
EUA
Consolidar o governo afegão, fraco e manchado por denúncias de corrupção, é crucial para a estratégia do presidente Barack Obama de derrotar a insurgência do Taleban e retirar as tropas internacionais do país. Porém as denúncias de fraude podem retirar a legitimidade do governo, prejudicando a estratégia dos EUA.
A administração Obama também não decide se atende ao pedido do comandante das tropas norte-americanas no país, o general Stanley McChrystal, que deseja mais 40 mil soldados dos EUA no Afeganistão. Obama está avaliando uma série de propostas para a estratégia no país.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou sobre mais duas mortes de soldados, incluindo a de um norte-americano, no Afeganistão. A nacionalidade da segunda vítima não foi revelada.
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