Comissão para reconstrução segue sem progressos

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Atualização:

Um ano após o terremoto, a Comissão Interina de Reconstrução do Haiti (CIRH), órgão criado pela comunidade internacional juntamente com o Haiti para gerenciar a ajuda humanitária, provou-se um grande fracasso. Nos doze meses, o grupo encontrou-se apenas quatro vezes - na última, com os representantes haitianos reclamando que estavam sendo deixados de lado - e o mandato da CIRH expira em nove meses. A ideia inicial era que o órgão tivesse poder executivo para coordenar a reação à crise, centralizando as decisões. Mas o mecanismo simplesmente não emplacou e prevaleceu a lógica do "cada um por si" diante da enorme tragédia. Há ainda entraves burocráticos que minam os esforços de reconstrução. Material humanitário, por exemplo, muitas vezes demora nos postos de alfândega. E grande parte do dinheiro bruto doado, cerca de US$2,5 bilhões, teve de ser destinado ao pagamento de dívidas do Estado haitiano. Após o terremoto, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, nomeado emissário da ONU para o Haiti, lançou o slogan ''reconstruí-lo melhor''. Passados 12 meses, o clima é de frustração entre os envolvidos.

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