Comissão recomenda que 47 presos fiquem em Guantánamo indefinidamente

Evidências contra eles não se sustentariam em tribunais americanos.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Uma equipe liderada pelo Departamento de Justiça americano recomendou ao governo dos EUA, nesta sexta-feira, que 47 prisioneiros detidos na base de Guantánamo permaneçam indefinidamente, sem julgamento, sob a custódia do país. Estes prisioneiros seriam considerados muito perigosos para ser libertados, mas não podem ser julgados porque as evidências contra eles seriam muito tênues ou teriam sido extraídas por meios controversos de interrogatório, não sendo, portanto, aceitáveis em tribunais americanos. A equipe recomendou também que 35 prisioneiros sejam processados e 110 libertados sem julgamento. O Congresso determinou que apenas aqueles que podem ser julgados devem ser transferidos para solo americano. A questão sobre o que fazer com os detidos sem julgamento, portanto, permanece em aberto. Fechamento Correspondentes dizem que a decisão revoltará grupos de defesa dos direitos civis e simpatizantes de Obama, que esperam que o presidente americano pare com a prática de detenções sem julgamento. A Casa Branca ressaltou que as conclusões da equipe são apenas recomendações e que a decisão sobre o destino dos detidos em Guantánamo será tomada pelo presidente Barack Obama. Dificuldades diplomáticas e a oposição interna têm atrapalhado o plano de Obama - e uma de suas promessas de campanha - de fechar o centro de detenções. Logo após assumir o cargo, no ano passado, Obama havia fixado o prazo de 22 de janeiro de 2010 para o fechamento definitivo da prisão. Ele depois mudou de planos e afirmou que pretende que o centro de detenção seja fechado este ano, sem especificar data, no entanto. O governo americano estuda uma proposta para transferir os detidos aprovados para julgamento a uma prisão no Estado de Illinois. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.