Como a Coreia do Sul se prepara para evitar uma segunda onda de coronavírus

País de 51 milhões de habitantes foi um dos primeiros a conter a pandemia e agora vê elevação nos casos

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Por Redação
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SEUL - A Coreia do Sul, apontada como um dos casos de sucesso na luta contra a pandemia de covid-19, tem agora o desafio de aprimorar a experiência do início do ano na contenção do vírus e reduzir os impactos de uma potencial segunda onda na nação de 51 milhões de habitantes. 

Para isso, o país asiático confia em uma estratégia agressiva de testagens e de identificação das pessoas que entraram em contato com contaminados e suspeitos à medida que vê os casos aumentarem. 

Testes massivos fazem parte da estratégia da Coreia do Sul na luta contra o vírus. Foto: EFE/EPA/KIM CHUL-SOO

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No fim de fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás apenas da China. Mas o governo conseguiu controlar a situação com uma campanha de testes em larga escala e o rastreamento das pessoas contagiadas. 

Muitas das infecções mais recentes estão relacionadas a um surto que surgiu em uma área de Seul conhecida por sua vida noturna, o Bairro de Itaewon, depois que um homem infectado visitou bares e discotecas. O aumento coincidiu com a volta do ensino médio e fundamental às aulas, no fim de maio, e o governo agiu. 

Após a elevação dos casos, jardins de infância e escolas do ensino básico, fundamental e médio da região metropolitana de Seul, onde se concentra metade da população do país, poderão receber apenas 30% dos alunos. Os demais terão de seguir com o ensino à distância. 

As entradas em clubes de dança e academias deverão ser registradas, os estrangeiros que chegam ao país devem ter aplicativos de monitoramento da saúde no celular e estações de metrô têm máquinas para vender máscaras. 

Museus, parques e galerias de arte fecharam por duas semanas e o governo fez um apelo para que as empresas adotem medidas de flexibilização do trabalho.  

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Nesta semana, Ki Moran, um importante pesquisador de doenças infecciosas do Centro Nacional de Câncer, afirmou que o governo deveria introduzir diretrizes mais rígidas de distanciamento social para não ver uma rápida elevação dos casos. / Reuters, AFP e NYT

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