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Como atuam os médicos na linha de frente da pandemia em Buenos Aires

Capital concentra 90% das infecções pelo novo coronavírus no país

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Por Redação
Atualização:

A Argentina ultrapassou na sexta-feira, 22, a marca de 10 mil casos confirmados de coronavírus, sendo 718 registrados em um único dia. O número é mais que o dobro do detectado há duas semanas. 

A médica Sol Budic prepara um helicóptero de emergência em Buenos Aires Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Pelo menos 90% das infecções causadas pela pandemia estão concentradas na cidade de Buenos Aires e sua periferia superlotada, que reúne cerca de 14 milhões de pessoas.  Nos demais distritos do país, os casos relatados são muito baixos ou nulos. 

O médico argentino Gonzalo Figueroa, do Sistema de Emergência Médica (SAME) de Buenos Aires, desinfeta com álcool o colega Hernan Chaile do lado de fora de um hospital, depois de resgatar um paciente com sintomas de covid-19 Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Os infectologistas atribuem o aumento de casos à chegada do coronavírus nas comunidades carentes da capital argentina, onde vivem quase 350 mil pessoas, sem água corrente e em muitas casas de piso de terra, onde é impossível cumprir o confinamento estabelecido há 65 dias. 

Os pilotos Javier Revilla e Miguel Belharch; helicópteros são usados nos resgates de emergência Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Outro fator, segundo os epidemiologistas, são as medidas de flexibilidade que permitem a abertura controlada de alguns negócios não essenciais. O aumento de infecções também foi registrado em casas de repouso para idosos.

A médica argentina Mariana Castro é auxiliada por uma colega a colocar equipamento de proteção durante seu serviço no Sistema de Emergência Médica (SAME) de Buenos Aires Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Nessa semana, diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, classificou a América do Sul como “um novo epicentro” da pandemia de covid-19. Ryan destacou que o Brasil é o local mais afetado da região; Peru e Chile também vivem fases críticas da doença. 

Após se desinfetarem, Figueroa e Chaile higienizam ambulância que utilizaram em atendimento de paciente com sintomas do novo coronavírus Foto: Ronaldo Schemidt/AFP
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