JUBA - Mais de 60% dos eleitores do Sudão do Sul foram às urnas votar no referendo que decidirá sobre a independência do território e criará um novo país africano, informou nesta quarta-feira, 12, uma autoridade local. Assim, foi superado o número de eleitores necessários para que a votação fosse válida.
A secessão partiria o Sudão, o maior país da África, em dois. O norte, mais rico e de maioria muçulmana, perderia quase todas as reservas de petróleo, enquanto o sul, mais pobre e cristão, controlaria o hidrocarboneto. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, porém, afirmou que não vai se opor à independência do Sul.
Ann Itto, membro do Movimento da Libertação dos Povos do Sudão, partido dominante no sul, disse a jornalistas que quase 2,3 milhões de pessoas foram votar, passando os 60% de eleitores necessários para validar a votação.
Caso seja aprovada - o que deve ocorrer -, a independência do Sudão do Sul só será finalizada em julho. Muitos assuntos ainda deve ser resolvidos, como os direitos do norte e do sul sobre as reservas de petróleo e das águas do Nilo Branco (afluente do Rio Nilo), demarcação de fronteiras e o status da disputada e volátil região de Abyei.