PUBLICIDADE

Comunidades árabes são ameaçadas nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois do pior atentado terrorista em solo americano, as comunidades árabes que vivem nos Estados Unidos relatam que estão sendo ameaçadas e até agredidas. Janelas de mesquitas foram destruídasa no Texas, e um novaiorquino foi preso por ameaçar um árabe. "Estou pedindo para que as pessoas não ajam como os terroristas", disse Nihad Awad, diretor executivo do Conselho de Relações Islâmica-Americanas, em Washington. De acordo com as autoridades americanas, o principal suspeito pelos ataques em Nova York e Washington é o terrorista saudita Osama bin Laden, suspeito também de ser o mentor do atentado às embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia. No Condado de Suffolk, Nova York, policiais prenderam um homem que supostamente apontou uma arma de fogo contra um funcionário árabe de um posto de gasolina. No Texas, pelo menos seis balas foram disparadas contra as janelas do Centro Islâmico de Irving. Uma janela do Centro Islâmico de Carrollton também foi quebrada, desta vez por um estilingue, disse a polícia. Na Embaixada do Kuwait em Washington, Tamara Alfson, passou a quarta-feira acalmando estudantes kuwaitianos que moram nos Estados Unidos. Segundo um desses estudantes, uma pessoa disse: "Vocês todos devem morrer". Mensagens de ódio e insultos foram deixados na secretária eletrônica da mesquitas de Manassas, que fica no Estado de Virginia, disse o diretor da mesquita, Abu Nahidian. Motoristas em Oklahoma City fizeram gestos obscenos para muçulmanos da Sociedade Islâmica da Grande Oklahoma City, disse Suhaib Webb, imam da mesquita. "Nós não temos nada a ver com Osama bin Laden, assim como vocês", disse Sheryl Siddiqui, integrante da diretoria da Sociedade Islâmica de Tulsa. "Ele certamente não representa o Islã."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.