
03 de novembro de 2015 | 11h43
ST. LOUIS - Um prisioneiro no corredor da morte no estado de Missouri, nos EUA, pediu à Suprema Corte do país que poupe sua vida, alegando que as drogas utilizadas na execução poderiam lhe causar muita dor e convulsões em razão dos vestígios de um tumor no cérebro e de uma cicatriz deixada por uma cirurgia realizada para removê-lo.
A execução de Ernest Lee Johnson, de 55 anos, está programada para esta terça-feira, 3. Ele é acusado de utilizar um martelo para matar três funcionários de uma loja de conveniência no centro de Missouri em 1994.
Um juiz do distrito e outro do 8º Tribunal de Apelações dos EUA se recusaram a suspender a execução por preocupações médicas.
Uma parte do tumor benigno foi removido em 2008, mas outras partes permaneceram no cérebro de Johnson. A operação também precisou remover cerca de 20% de seu tecido cerebral, disse o advogado do prisioneiro, Jeremy Weis, na segunda-feira.
A droga utilizada em execuções no Missouri é uma derivação de pentobarbital, a qual acredita-se que seja fabricada em uma farmácia de manipulação. O estado não diz onde ela está localizada.
Weis afirma que a droga “pode causar convulsões” em Johnson, dado o seu histórico e seu tumor cerebral.
O procurador-geral de Missouri não comentou o assunto. Mas em documentos judiciais, o estado destacou que tem realizado execuções “rápidas e indolores” desde que começou a utilizar o método de droga única, em novembro de 2013.
Pesquisa. Com base em uma pesquisa recente sobre pena de morte, uma reportagem do jornal The Washington Post mostra que o apoio a esse tipo de sentença cresce conforme o aumento nos índices da criminalidade. Mas quando eles caem, o número de pessoas favoráveis à pena capital diminui mais lentamente.
Uma pesquisa recente do instituto Gallup aponta que 37% dos americanos são contra a pena de morte, enquanto 61% são favoráveis.
O apoio à pena capital diminuiu ligeiramente desde o pico da onda de crimes nos anos 1990, e caiu mais lentamente do que os números da criminalidade. Em outras palavras, o número de pessoas favoráveis à pena de morte subiu quando os crimes aumentaram, mas conforme os crime diminuíam, o apoio não caiu na mesma proporção. /ASSOCIATED PRESS
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.