20 de agosto de 2009 | 19h19
"Nós fizemos contato com o governo escocês para indicar nossa objeção", disse o presidente americano Barack Obama. Segundo ele, Ali al-Megrahi "deveria cumprir o resto da pena em prisão domiciliar". O secretário de Justiça da Escócia, Kenny MacAskill, disse que Ali al-Megrahi não mostrou compaixão por suas vítimas, mas foi beneficiado pelos valores humanos dos escoceses e "enfrentará agora uma sentença imposta por um poder superior".
Ali al-Megrahi, um ex-agente do serviço de inteligência da Líbia, foi preso em 2001 com base, principalmente, no depoimento de um lojista de Malta que diz ter vendido uma camisa a ele antes do atentado. Mais tarde, uma das bombas encontradas nos destroços da aeronave foi encontrada envolta em pedaços da roupa. Críticos da sentença chamam a atenção para a precariedade da prova usada pela corte para condenar Ali al-Megrahi.
"Eu disse nos termos mais claros possíveis e espero que todas as pessoas na Terra ouçam: tudo isso que eu tive de enfrentar foi por uma coisa que eu não fiz", disse ele. Em Trípoli, o ex-prisioneiro é considerado uma vítima da campanha que o Ocidente promove contra a Líbia. Por isso, a libertação de al-Megrahi foi festejada pela população como uma vitória moral. O terrorista cumpria o oitavo ano da pena.
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