Condoleezza dá explicações sobre 4ª Frota

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Por Lourival Sant'Anna
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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, garantiu ontem que a reativação da 4ª Frota "tem como objetivo a cooperação" entre os EUA e os países do Atlântico Sul e sua atuação "terá como base o respeito ao direito internacional, em particular à Lei do Mar". Condoleezza telefonou ao chanceler Celso Amorim para dar explicações sobre o restabelecimento da esquadra, que provocou protestos de governantes da região, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Condoleezza assegurou a Amorim que os meios empregados pela 4ª Frota serão os mesmos já à disposição do Comando Sul, ao qual a esquadra, formalmente reativada no sábado, na Flórida, está subordinada. "Tudo se fará de forma transparente, com respeito aos demais países", assegurou a secretária de Estado. Condoleezza telefonou atendendo a um pedido do Itamaraty ao embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, para que ela esclarecesse o sentido da reativação da frota a seu colega Amorim, com quem mantém bom relacionamento. Condoleezza encerrou a ligação prometendo que o seu número 2, John Negroponte, ofereceria explicações mais detalhadas, talvez ainda hoje, ao embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota. A 4ª Frota foi formada em 1943, durante a 2ª Guerra Mundial, para apoiar a Marinha brasileira na escolta a navios mercantes que estavam sendo atacados por submarinos alemães, e desativada em 1950. No início do mês, Lula associou a reativação à descoberta de petróleo na costa brasileira e exigiu explicações dos EUA.

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