Conferência islâmica pede boicote a produtos de Israel

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Por Agencia Estado
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Clérigos islâmicos de mais de 25 países, reunidos no Cairo para uma conferência de dois dias, conclamaram hoje todos os muçulmanos a boicotarem produtos de Israel e de nações que o apoiam, além de usarem a "arma do petróleo", caso necessário, em apoio aos palestinos. A conferência, convocada pela Al-Azhar, a mais alta autoridade religiosa dos islâmicos sunitas, foi ofuscada pela violência entre israelenses e palestinos e a ira com os Estados Unidos por seu apoio a Israel. Em seu comunicado final, os participantes afirmaram que os muçulmanos deveriam "boicotar todos os produtos e bens de companhias israelenses e de países que apoiem e que forneçam armas ao Estado judeu e que colaborem com ele em sua agressão contra o povo palestino". O chamado ao boicote não mencionou diretamente produtos americanos. O comunicado, no entanto, acusa "a América de apoiar a guerra sionista", a qual, segundo os clérigos, "é apoiada por armas dos EUA, dinheiro dos EUA e proteção dos EUA". Os muçulmanos também deveriam utilizar "a arma do petróleo" caso necessário, para apoiar a causa palestina, afirma o comunicado. Vários produtores de petróleo árabes rejeitam tal medida, incluindo a Arábia Saudita, afirmando que o dinheiro levantado com o petróleo serve também para ajudar os palestinos em sua luta por um Estado. Boicote O Comitê de Boicote da Liga Árabe vai se reunir este mês para impulsionar ações contra empresas norte-americanas que negociam com Israel. Delegados permanentes da Liga Árabe, que se reuniram hoje, também decidiram que ?serão chamados os embaixadores árabes dos países que se opuseram à resolução de condenação contra Israel na última reunião da comissão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU)?, disse o representante palestino, Mohamed Sobeih. Sobeih criticou a política dos Estados Unidos, que "permitiu aos israelenses derramar o sangue palestino". Segundo ele, os "Estados Unidos tentam legalizar a agressão israelense".

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