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Confirmada a entrada de rebeldes colombianos no Equador

Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo armado que entrou há dois dias em território equatoriano pertence à guerrilha do colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN), disse nesta quarta-feira em Quito o ministro da defesa, Hugo Unda. Após confirmar que os invasores eram membros do ELN, o ministro disse que "o que preocupa neste caso é que invadiram território equatoriano, a cerca de 8 km da fronteira com a Colômbia", acrescentou o general. Em declarações à televisão, Unda esclareceu que "é impossível ter um controle completo sobre toda a fronteira", recusando-se a dar mais detalhes. Para o general, muitos cidadãos equatorianos e colombianos participam de "atividades ilícitas e, talvez sem perceberem, estão colaborando com a guerrilha, sem pensar que no futuro isto pode causar enormes danos ao país". O presidente equatoriano Gustavo Noboa comentou ontem à noite que o Equador deve evitar que "essas coisas voltem a acontecer", mas esclareceu que as forças governamentais "tomaram todas as precauções". Segundo o Exército, 17 homens fortemente armados tentatam na última segunda-feira roubar três veículos, incluindo um caminhão blindado que transportava uma quantia não determinada de dinheiro no povoado de Santa Martha de Cuba, na província limítrofe de Carchi, a 120 km a noroeste de Quito. Logo após as primeiras investigações, o Exército informou tratar-se de "uma patrulha guerrilheria colombiana", da qual um membro foi detido e outro foi morto. O chanceler do Equador, Heinz Moeller, assegurou que se tratava de "um grupo informal, ao qual as Forças Armadas chamam de guerrilheiros, um grupo irregular que se havia infiltrado em território equatoriano". Ele acrescentou que a ação deve preocupar e indica "a urgência, a necessidade que tem o Equador de ter recursos suficientes para controlar adequadamente uma fronteira que se tornou muito frágil realmente". Guerrilheiros do ELN, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e paramilitares mantêm posições no sul da Colômbia bem próximas ao território equatoriano.

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