Conflito atinge duramente economia de Israel

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Por Agencia Estado
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Projetos de desenvolvimento econômico terão de esperar até o ano que em consequência do conflito de Israel com os palestinos, afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro Ariel Sharon. Apenas programas para incapacitados e outros que enfrentam dificuldades maiores irão ser implementados, disse Sharon na Federação das Câmaras de Comércio de Israel. "Todos que receberam promessas ou compromissos terão de esperar até o ano que vem", afirmou ele, citando uma "situação de emergência" devido aos mais de oito meses de confrontos. Entre os programas a serem engavetados está um projeto de desenvolvimento da Galiléia, no norte de Israel, e do deserto de Negev, no sul, disse ele, refletindo o desaquecimento econômico trazido em parte pelo conflito com os palestinos. O turismo, a maior fonte de moedas estrangeiras de Israel, está praticamente paralisado devido à violência, e investimentos estrangeiros diminuiram por causa dos combates e da queda das bolsas de valores em todo o mundo. Danny Gillerman, presidente da federação, pediu o estabelecimento de um conselho econômico emergencial para resgatar a economia no que ele classificou de "ano perdido". "Este é um ano no qual todos os recordes econômicos negativos serão quebrados", afirmou ele, destacando que o crescimento econômico será de apenas um por cento, o menor desde 1966. "A força econômica não é menos importante do que a força militar", disse Gillerman a Sharon, um soldado de carreira que se tornou político conhecido por suas façanhas militares e agora está preocupado com o conflito com os palestinos. Gillerman pediu a implantação de um "New Deal" israelense, uma versão do pacote econômico que o presidente americano Franklin D. Roosvelt usou para tirar seu país da Grande Depressão dos anos 30. Sharon pediu aos empresários para adotarem cidades atingidas pela pobreza e patrocinar projetos educacionais, mas admitiu que muitos empresários foram duramente atingidos pela recessão econômica.

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