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Conflito no Afeganistão tem longo caminho pela frente, diz Obama

Em entrevista à TV britânica, presidente afirma que Londres tem mais chances de sofrer ataque que os EUA.

Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o conflito no Afeganistão ainda tem "um longo caminho pela frente", em entrevista exclusiva ao canal de televisão britânico Sky News, neste sábado. "Trata-se de uma batalha grave, mas essencial para a futura estabilidade do país", afirmou Obama na entrevista, dada durante sua visita a Acra, em Gana. O presidente americano disse ainda que, apesar de as forças aliadas estarem enfrentando violentos confrontos com militantes do Talebã, os Estados Unidos estão elaborando novas estratégias para estabelecer uma nova relação com a sociedade afegã, após as eleições presidenciais do país, marcadas para agosto. "O Afeganistão precisa de seu próprio Exército, sua própria polícia e da habilidade de controlar sua própria segurança", afirmou Obama, descrevendo uma estratégia semelhante à que os Estados Unidos vêm implementando no Iraque. "Vamos ver o que mais podemos fazer. Pode nem ser no campo militar, e sim no campo do desenvolvimento, oferecendo aos fazendeiros alternativas às plantações de papoula, e assegurando um treinamento eficiente ao sistema judiciário do país." Grã-Bretanha Obama ainda defendeu a participação da Grã-Bretanha na ofensiva, em um momento em que o governo britânico vem sendo pressionado após a morte de 15 soldados nos últimos dez dias - o que levou o número de britânicos mortos no Afeganistão a superar o de mortos no Iraque. Segundo Obama, a batalha no Afeganistão é vital na luta contra o terrorismo. "A possibilidade de um ataque terrorista em Londres é tão grande, ou até maior, do que nos Estados Unidos", afirmou. Quando assumiu a Presidência, em janeiro, Obama anunciou que reforçaria as tropas no Afeganistão, mandando mais 30 mil soldados para se juntar aos 33 mil americanos e 32 mil membros das forças da Otan já atuando no país. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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