
13 de janeiro de 2014 | 11h41
A violência começou em 30 de outubro, quando rebeldes houthi que controlam a maior parte da província de Saada, no norte do Iêmen, acusaram os salafistas da cidade de Damaj de recrutar milhares de guerrilheiros estrangeiros, tendo como objetivo uma ofensiva contra os houthi.
Os salafistas, que seguem uma rígida interpretação do islamismo sunita, afirmaram que os estrangeiros são estudantes em busca de aprofundar o conhecimento sobre o islã no seminário Dar al-Hadith.
Surour al-Wadi'i, um porta-voz salafista, disse que o número de mortos entre os salafistas subiu para 210, com 620 feridos. Um porta-voz para os houthis, Ali al-Bakhity, disse não haver contagem sobre vítimas entre os houthis.
A rivalidade sectária em Damaj obscureceu os esforços de reconciliação no Iêmen, país vizinho à grande exportadora de petróleo Arábia Saudita e sede de uma das mais ativas alas da Al Qaeda.
Os confrontos entre os dois lados em Saada e províncias adjacentes pararam devido a um cessar-fogo acordado no sábado.
Diversas tentativas anteriores de cessar-fogo falharam. Os termos do acordo mais recente incluem a retirada dos salafistas de Damaj para a cidade de Hadida e estipula que os estudantes estrangeiros devem voltar para casa, de acordo com um documento de cessar-fogo visto pela Reuters.
(Reportagem de Mohammed Ghobari)
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