Conflitos no Congo deixaram até 600 mortos, diz embaixador

Confrontos entre o Exército e forças ligadas ao líder rebelde Jean-Pierre Bemba começaram depois que militantes recusaram ordem para se desarmarem

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os conflitos da última semana entre o Exército da República Democrática do Congo e forças ligadas ao líder rebelde Jean-Pierre Bemba deixaram entre 200 e 600 mortos, afirmou o embaixador da Alemanha no país africano nesta terça-feira, 27. "Há indicações claras provenientes de hospitais e necrotérios que apontam que o número (de mortos) está entre 200 e 600", disse Karl-Albrecht Wokalek em uma entrevista coletiva com outros embaixadores da União Européia. Os conflitos começaram na última quinta-feira, 22, depois que soldados leais ao ex-candidato presidencial Jean-Pierre Bemba recusaram uma ordem para se desarmarem. Tiros e morteiros assombraram a capital Kinshasa por dois dias, antes de as forças de Bemba serem derrotadas. Esses foram os primeiros confrontos em Kinshasa desde as eleições presidenciais do ano passado - amplamente financiadas pela comunidade internacional e com o objetivo de restaurar a paz no país após uma guerra entre 1998 e 2003. A vitória do presidente Joseph Kabila foi amplamente aceita como legítima por observadores nacionais e internacionais que monitoravam as primeiras eleições democráticas do Congo em mais de quatro décadas. "Isso não é necessariamente a morte (do processo democrático), mas o processo está seriamente ferido", disse o embaixador britânico, Andy Sparkes, um dos vários enviados europeus que falaram com jornalistas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.