Confronto deixa 18 beduínos mortos no Iêmen

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Por AE
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Um líder tribal disse que 18 beduínos foram mortos em novos combates entre as tropas leais ao presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, e homens da tribo mais poderosa do país, os Hashid. A explosão de violência tribal aumentou os temores de que o Iêmen esteja à beira de uma guerra civil, após três meses de protestos contra Saleh, que governa o país há 33 anos e recusa-se a deixar o poder.O xeque Ali Saif, da tribo Hashid, afirma que os beduínos tomaram o controle de dois acampamentos do exército, 80 quilômetros a noroeste da capital Sanaa. Ele diz que 18 homens foram mortos durante a tomada do primeiro acampamento, e que nenhum morreu na captura do segundo. Não foi informado quantos soldados do governo morreram. As mortes de hoje elevam para 127 o total de pessoas mortas no Iêmen em uma semana de combates entre as forças de Saleh e a tribo Hashid.Mais cedo hoje, o xeque Sadiq al-Ahmar disse que estava em vigor uma trégua entre seus homens e as forças de segurança em Sanaa. Ele afirmou, porém, que estava pronto para a guerra, se Saleh preferisse essa opção. "Há uma trégua entre nós e Ali Abdullah Saleh" para que ocorra uma mediação, disse Ahmar, um dos chefes da tribo Hashid, em um funeral de 30 de seus combatentes mortos em confrontos com forças de segurança. "Se o regime de Saleh quer uma revolução pacífica, estaremos prontos para isso. Se ele escolher a guerra, nós lutaremos contra ele".Saleh está no poder há 33 anos e enfrenta desde janeiro protestos pelo fim de seu governo. Houve confrontos entre partidários de Ahmar e as forças de segurança na segunda-feira, um dia após Saleh se recusar a assinar um acordo defendido pelo Conselho de Cooperação do Golfo, prevendo que ele entregasse o poder em 30 dias, em troca de imunidade judicial. Saleh, porém, fez novas exigências, entre elas que a oposição assine o acordo na sua presença, e advertiu para o risco de uma guerra civil na nação da Península Arábica. As informações são da Associated Press.

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