PUBLICIDADE

Confronto entre forças de segurança e islamistas mata chefe de polícia egípcio

Ao menos 55 pessoas foram presas em cidade que liga o Cairo às pirâmides de Gizé

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Residentes se escondem de confronto no subúrbio do Cairo. Foto: Reuters

PUBLICIDADE

CAIRO - O Exército e a polícia do Egito entraram em confronto com partidários do presidente deposto Mohamed Morsi nesta quinta-feira, 19. Pelo menos 55 pessoas foram presas na cidade de Kerdasa, a 14 quilômetros do Cairo. Um general da polícia egípcia morreu, atingido por tiros dos islamistas.

O ataque a Kerdasa representa um aumento na determinação dos militares de suprimir redutos de apoiadores de Morsi. No começo dessa semana, outra grande força-tarefa invadiu a cidade de Dalga, também controlada por islamitas. Kerdasa, no entanto, possui uma importância estratégica, já que seu controle representa o acesso a uma rota mais curta entre o Cairo e as pirâmides de Gizé, principal atração turística do país.

Um porta-voz do ministério do Interior, general Hani Abdel-Latif, disse que o plano da polícia era cercar a cidade, juntamente com o Exército, para permitir a entrada de forças especiais para capturar os suspeitos. "As forças de segurança não vão recuar até que Kerdasa seja limpa de todos os ninhos de terroristas e criminosos", afirmou em comunicado.

Nabil Farrag, um general da polícia egípcia, morreu atingido por tiros no começo do conflito. Elese preparava com seus homens para entrar na cidade quando foi surpreendido por franco-atiradores islamistas.

O Exército também realizou uma operação na península do Sinai contra grupos inspirados na Al Qaeda, e houve explosões e tiroteios no Vale do Nilo, onde dois militares foram mortos a tiros na terça-feira. No Cairo, técnicos em explosivos desativaram na quinta-feira duas bombas caseiras no metrô. As autoridades instaladas pelos militares dizem travar uma guerra contra terroristas islâmicos.

No mês passado, Kerdasa foi alvo de um ataque brutal contra as forças de segurança. Na ocasião, partidários de Morsi fortemente armados invadiram e incendiaram a delegacia local, mataram 15 policias e mutilaram seus corpos.  O ataque foi parte de uma onda de violência retaliatória em todo o país depois que os principais campos de protesto pró-Morsi no Cairo foram dizimados e resultaram na morte de centenas de pessoas. / AP e REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.