
16 de agosto de 2013 | 10h52
(Atualizada às 15h30) CAIRO - Fontes de Segurança aumentaram o número de mortos em novos confrontos entre partidários do presidente deposto Mohamed Morsi e a polícia nesta sexta-feira, 16, para ao menos 60. A Irmandade Muçulmana, grupo político do presidente, tomou as ruas na "sexta-feira do ódio" para protestar contra o massacre de ao menos 638 pessoas há dois dias, quando as forças de segurança desmobilizaram dois acampamentos de manifestantes islamistas no Cairo.
Entre os mortos, estão 52 civis e 8 policiais, segundo as fontes, que falaram em condição de anonimato. Pelo menos 12 pessoas foram mortas na Praça Ramses, no Cairo, após confrontos entre residentes e manifestantes.
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Outras mortes ocorreram na cidade mediterrânea de Damietta; em Ismalia, no Canal de Suez; em Tanta, no Delta do Nilo; e em Alexandria.
Mais cedo, o governo divulgou um comunicado no qual prometeu reagir com firmeza à qualquer "violação da lei". Os militares egípcios ocuparam posições em pontos estratégicos do Cairo para dispersar as manifestações.
Milhares de manifestantes pró-Morsi já marchavam da região nordeste do Cairo rumo ao centro cantando "abaixo o governo militar". "Apesar da dor e da tristeza pela perda de nossos mártires, o último crime dos golpistas aumentou a nossa determinação de acabar com eles", disse o grupo islâmico em comunicado.
A agência estatal de notícias Mena disse que dezenas de veículos blindados vão interditar ruas na zona nordeste da capital, principal foco dos protestos pró-Morsi. No centro do Cairo, já era possível ver veículos com soldados e postos de controle protegidos com rolos de arame farpado. / REUTERS e AP
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