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Confronto étnico deixa mais de cem mortos na Nigéria

As terras da cidade de Namu são disputadas entre os "gomai" e os "pan"

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de cem pessoas morreram em quatro dias de confrontos entre diferentes grupos étnicos na cidade de Namu, centro da Nigéria, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira. De acordo com a imprensa de Lagos, há vários policiais entre os mortos. As autoridades impuseram o toque de recolher na região entre o pôr e o nascer do sol. A propriedade das terras da região é disputada entre os "gomai" e os "pan". As notícias que chegam de Namu indicam que os "gomai" foram riscados do mapa, enquanto os "pan", que dominam o governo local, circulam livremente. Uma força conjunta do exército e da polícia foi postada na região para restabelecer a ordem. Existe o temor de que os confrontos recrudesçam, porque membros da etnia "pan" procedentes de povoações vizinhas chegaram a Namu. Os confrontos forçaram centenas de pessoas a deixarem suas casas e seguirem para as cidades de Shendam, Lafia e Assaikyo. O porta-voz do governo da província de Plateau, onde fica a região conflituosa, Yabuku Datti, garantiu que as autoridades tomaram medidas para conter a crise. O detonante dos confrontos aconteceu na última segunda-feira, quando um "gomai" levou terra de uma propriedade reivindicada por um "pan". Confrontos Em maio de 2004, o presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, declarou estado de emergência em Plateau e pôs um general reformado do comando no governo regional. As medidas foram tomadas depois que centenas de pessoas morrerem devido a confrontos étnicos e religiosos durante vários meses. Calcula-se que mais de 12.000 nigerianos tenham morrido devido a este tipo de enfrentamento desde 1999, quando os militares entregaram o poder às novas autoridades civis do país, o mais populoso da África.

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