Pelo menos dez rebeldes comunistas e dois soldados morreram num confronto armado entre o Exército e a guerrilha do Novo Exército do Povo (NEP) na ilha de Mindanao, no sul das Filipinas, informaram neste domingo, 4, os militares. Segundo o general José Barbieto, chefe da Quarta Divisão, o confronto aconteceu no sábado, 3, quando tropas do Exército atacaram uma posição tomada por cerca de 30 guerrilheiros nos arredores da aldeia de Malaybalayn, na província de Bukidnon, 850 quilômetros ao sul de Manila. A troca de fogo durou aproximadamente duas horas. Duas mulheres do NEP estão entre as vítimas, enquanto dois milicianos das forças civis a serviço do exército ficaram feridos. O militar disse que os sobreviventes conseguiram fugir após queimar os barracões que usavam como refúgio e documentos sobre os planos do comando guerrilheiro com vistas às próximas eleições legislativas de maio. No entanto, os soldados apreenderam uma dúzia de armas de fogo, rifles de assalto, um lança-granadas, explosivos e diversa munição deixada pelos rebeldes. Segundo o exército, o NEP é a maior ameaça à segurança do Estado filipino, considerado "semifeudal e semicolonial" pelos maoístas, grupo incluído na lista de organizações terroristas dos EUA e da União Européia (UE). A dois anos do 40º aniversário de sua fundação, o NEP é a guerrilha comunista mais antiga da Ásia.