PUBLICIDADE

Confrontos após eleição matam pelo menos 4 na República Democrática do Congo

Resultados indicam reeleição de Joseph Kabila, mas candidato de oposição rejeita o resultado; polícia diz ter controlado a situação.

Por BBC Brasil
Atualização:

Pelo menos quatro pessoas foram mortas na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, desde que os resultados da eleição presidencial do país foram divulgados, nessa sexta-feira, indicando a reeleição do presidente Joseph Kabila. O candidato de oposição, Etienne Tshisekedi, rejeitou o resultado, mas pediu que seus eleitores e simpatizantes permaneçam calmos. As autoridades congolesas dizem que a situação está sob controle. No entanto, o correspondente da BBC em Kinshasa Thomas Hubert afirma que tiros ainda ecoam na capital e na cidade de Mbuji-Mayi, no centro do país. Em ambas as cidades, segundo Hubert, a oposição recebeu grande votação. Muitos eleitores das duas localidades acreditam que as eleições foram fraudulentas. O governo afirmou que a posição de Tshisekedi é "ilegal e irresponsável". Além do candidato, a União Europeia, os Estados Unidos, a França e a Bélgica - que controlou a República Democrática do Congo em seu período colonial - pediram calma. Os resultados indicam que Kabila conquistou 49% dos votos, contra 32% de Tshisekedi. O candidato de oposição alega ter recebido pelo menos 54% dos votos. O resultado precisa ser confirmado pela Suprema Corte do país. Pneus em chamas Neste sábado, em meio a pedras arremessadas e pneus em chamas, moradores de um subúrbio de Kinshasa acusaram as forças de segurança de atacá-los, matando jovens e saqueando casas e lojas. A chefia de polícia afirmou que a situação estava controlada nas duas cidades, mas admitiu que agentes de segurança mataram quatro pessoas na capital. Ativistas de direitos humanos afirmam ainda que um civil foi morto em Mbuji-Mayi e que um líder comunitário foi assassinado no leste do país. Segundo o correspondente da BBC, as outras principais cidades da República Democrática do Congo permanecem calmas. Apesar de suas diferenças sobre o resultado da eleição, os líderes políticos procuraram não incentivar seus correligionários a agir. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.