Confrontos deixam pelo menos 80 mortos na região central da Síria

Assad aceitou cessar-fogo proposto pela ONU, mas violência parece não ter fim no país árabe

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BEIRUTE - Pelo menos 80 pessoas foram mortas em confrontos violentos em toda a Síria neste sábado, 7, a maioria civis, depois que o regime de Bashar Assad lançou uma ofensiva em uma cidade na província central de Hama, segundo observadores. Cinquenta e dois civis estavam entre as vítimas, "40 deles mortos em bombardeios e tiroteios na cidade de Latamna", revelou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

 

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O grupo informou que outros civis foram mortos em Tibet al-Imam, também em Hama, bem como na província vizinha de Homs, em Idlib, até Aleppo, no norte da Síria. De acordo com o observatório, 16 rebeldes e 12 combatentes do regime também estavam entre os mortos.

 

O presidente da Síria, Bashar Assad, aceitou um prazo de cessar-fogo mediado pelo enviado especial das Nações Unidas, Kofi Annan, que solicitou a retirada das tropas governamentais das cidades e vilarejos até terça-feira. O representante da ONU também pediu que o governo e os rebeldes baixem as armas até 6h da manhã (horário local) de quinta-feira.

 

Mas a escalada da violência nos últimos dias tem alimentado acusações de que Assad intensificou os esforços para reprimir o levante popular contra ele antes do cessar-fogo da próxima semana. O governo sírio afirma ter começado a retirar as suas forças de segurança antes do cessar-fogo, mas ativistas dizem não ter havido qualquer recuo significativo. Tropas, bases e franco atiradores continuam em quase todas as cidades tomadas pelo conflito. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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