Reunião de opositores de Saleh em Áden.
SANAA - No sexto dia de protestos contra o governo no Iêmen, foi confirmada a primeira morte causada por causa das manifestações no país. Há pelo menos outros cinco feridos, embora haja versões de que mais uma pessoa teria morrido e mais de uma dezena teriam se ferido.
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As autoridades do Iêmen enviaram 2 mil policiais para as ruas de Sanaa para tentar encerrar as manifestações contra o presidente, Ali Abdullah Saleh. O manifestante morreu e os outros ficaram feridos quando polícia disparou para o alto para dispersar os protestos em Áden, cidade portuária do sul do Iêmen.
A polícia fez disparos para o ar e impediu que milhares de estudantes da Universidade de Sanaa se juntassem aos manifestantes. Em Áden, a polícia usou munição de verdade, balas de borracha e gás lacrimogêneo contra centenas de manifestantes.
Um integrante das forças de segurança disse que o manifestante morto tem 23 anos. Ele teria sido baleado na cabeça. Os feridos foram confirmados por um funcionário do setor de saúde. Um deles estaria em estado grave.
Segundo testemunhas e fontes da oposição, uma outra pessoa teria morrido e mais 14 teriam ficado feridos por conta da repressão policial.
Os protestos no Iêmen ocorrem junto de manifestações na Argélia, na Líbia, no Irã e no Bahrein. A oposição desses países foi às ruas estimulada pelas marchas populares do Egito e da Tunísia, onde ditadores foram derrubados mais cedo neste ano.
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