MOGADISCIO - Autoridades de emergência da Somália disseram nesta quinta-feira, 23, que 30 pessoas morreram - sendo 20 civis e dez combatentes - e 76 ficaram feridas em confrontos na capital Mogadiscio.
O diretor do serviço de ambulâncias, Ali Muse, disse que os tiroteios entre militantes do grupo Al-Shabab - ligado à organização terrorista Al-Qaeda - e forcas pró-governo ocorriam com violência na cidade. Segundo ele, há regiões onde as ambulâncias não conseguiam acesso e que por isso tais números poderiam aumentar.
Os confrontos começaram quando os militantes atacaram bairros no norte da cidade. Eles usaram lança-granadas e metralhadoras. Tropas do governo e da União Africana intervieram e tentam expulsar os insurgentes de uma estrada normalmente usada por funcionários do governo.
Um porta-voz do governo, o coronel Abdulahi Hassan, afirmou que suas tropas tinham rejeitado uma ofensiva do Al-Shabaab, "empurrando o grupo terrorista e ocupando áreas que haviam tomado há duas semanas".
Nas últimas seis semanas, pelo menos 500 pessoas morreram em Mogadiscio por causa da violência e cerca de 50 mil abandonaram a cidade e se uniram aos milhares de refugiados que deixaram o local nos 19 anos de guerra civil.
A Somália não tem um governo sólido e funcional há quase duas décadas. Os insurgentes islâmicos tentam derrubar o governo e implantar a Sharia - a lei islâmica - no país.