
08 de abril de 2013 | 17h20
Uma fonte de segurança disse que um muçulmano de 21 anos, identificado apenas como Mohamed, morreu de traumatismo craniano no hospital, vítima de um confronto entre muçulmanos e coptas, que participavam de um funeral de quatro cristãos mortos a tiros em uma cidade perto do Cairo.
O Ministério da Saúde disse que pelo menos 90 pessoas, incluindo 11 policiais, ficaram feridas nos arredores da catedral, base do papa copta, numa das piores crises sectárias desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011.
Separadamente, a agência de notícias estatal Mena informou que uma pessoa foi morta e 14 ficaram feridas em novos confrontos ocorridos na noite de domingo na cidade de El Khusus, ao norte do Cairo, onde a última onda de violência sectária começou na sexta-feira.
O primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil, disse que o governo está tomando todas as medidas para garantir a segurança dos egípcios de todas as religiões, prometendo levar à Justiça os autores de ataques sectários e acabar com armas sem licença.
Ele também falou com os dirigentes da igreja copta e da instituição islâmica Al-Azhar para discutir formas de resolver a crise e evitar qualquer repetição da situação, segundo um comunicado do gabinete.
A violência aconteceu enquanto o Egito está negociando com uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), que visita o país, um empréstimo de pelo menos 4,8 bilhões de dólares para aliviar uma crise econômica agravada pela turbulência política e sectária que atingiu o país mais populoso do Oriente Médio.
(Por Paul Taylor)
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