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Congo está prestes a reviver guerra que matou 4 milhões

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Por Redação
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A guerra no Congo (antigo Zaire) terminou oficialmente em 2003, mas o país continua sendo palco de conflitos e enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo. Apesar de o país ser rico em diamantes, ouro e outros minérios, milhões de congoleses ainda sofrem com a letal combinação de doenças e fome causadas pelo atual conflito, que ocorre no leste do Congo e os obriga a abandonar suas casas. A origem do confronto na Província Kivu do Norte data de 1998, quando teve início uma guerra de cinco anos, que deixou 4 milhões de mortos - o conflito mais mortífero no mundo desde a 2ª Guerra - e 3,4 milhões de refugiados. Ela foi detonada após o genocídio de 1994 na vizinha Ruanda, onde 800 mil tutsis foram assassinatos pelos hutus. Em 1996, o governo tutsi, que assumiu o poder depois da guerra, invadiu o Congo para perseguir os rebeldes hutus e deu início à guerra, que envolveu, além de Ruanda, Angola, Uganda, Zimbábue e Namíbia. Eleito presidente em2006, Joseph Kabila conseguiu desmobilizar vários grupos rebeldes e integrá-los ao Exército congolês. No entanto, o general Laurent Nkunda rejeitou o acordo e formou uma milícia para, segundo ele, proteger os tutsis da região de Goma, na fronteira com Ruanda. Intensos conflitos entre os homens de Nkunda e o Exército estão arrastando o país de volta à guerra.

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