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Congo prende responsável por massacre de 1994 em Ruanda

Gregoire Ndahimana estava escondido com tropas das forças rebeldes e é acusado pela morte de 2 mil

Por Reuters
Atualização:

Autoridades da República Democrática do Congo prenderam um homem acusado de planejar o massacre de pelo menos 2 mil pessoas da etnia tutsi em Ruanda durante o massacre de 1994, segundo informou nesta quarta-feira, 12, um funcionário do governo.

 

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Gregoire Ndahimana foi preso por soldados congoleses no domingo durante uma operação das tropas da ONU para retirar o grupo rebelde Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), da etnia hutu, que estava envolvida em conflitos na província de Kivu do Norte, no leste do país.

 

"Ele foi descoberto por nossas unidades em Kivu do Norte escondido em meio às tropas da FDLR", disso o ministro da Informação do Congo, Lambert Mende.

 

Ndahimana era um funcionário do governo da cidade de Kivumu quando ocorreu o genocídio em Ruanda, no qual cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados formão mortos em 100 dias. De acordo com a acusação feita pelo Tribunal Criminal Internacional para Ruanda (ICTR, na sigla em inglês), ele é responsável pela morte de pelo menos 2 mil tutsis, sendo a maioria morta quando uma igreja foi demolida com pessoas dentro. Promotores do ICTR acreditam que em julho de 1994 todos os tutsis da cidade de Kivimu morreram.

 

O tribunal, sediado na cidade de Arusha, na Tanzânia, buscava Ndahimana por genocídio ou cumplicidade com genocídio, conspiração para cometer genocídio e crimes contra a humanidade por extermínio. Outros 12 acusados do ICTR permanecem em liberdade. "Ndahimana agora está nas mãos dos militares aguardando sua transferência para Arusha", disse Mende.

 

No início do ano, as forças pacificadoras da ONU empenharam uma ação contra a FDLR, que as autoridades acreditam abrigar mais acusados do ICTR. Em sua recente visita ao Congo, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu às autoridades que cuidem mais da segurança dos habitantes do leste do país, onde fica a fronteira com Ruanda.

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