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Congresso da Ucrânia se recusa a financiar novas eleições

Resolução de emergência diz que decreto do presidente assemelha-se a golpe

Por Agencia Estado
Atualização:

O Congresso da Ucrânia disse nesta segunda-feira, 2, que um decreto presidencial para dissolver o parlamento e ordenar uma nova eleição se assemelha ao começo de um golpe e se recusou a fornecer financiamento para o pleito. Uma resolução aprovada em sessão de emergência disse que o decreto do presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, "carrega todos os sinais de um passo em direção a um golpe de estado" e deixou claro que desafiaria suas determinações. Yushchenko assinou nesta segunda-feir uma ordem para dissolver a Rada Suprema, Parlamento da Ucrânia de maioria favorável ao primeiro-ministro pró-Putin, e pedir eleições legislativas extraordinárias. Logo após saber da decisão de Yushchenko, reuniram-se em sessão extraordinária na Rada pelo menos 255 dos 450 deputados, entre eles os líderes da coalizão governante, como Yanukovich e o presidente do Legislativo. Os deputados aprovaram por unanimidade uma lei na qual o legisladores "não devem acatar o decreto do presidente", mas apenas cumprir as resoluções do governo (formado por eles) e da própria Rada. O Congresso barrou o governo do arqui-rival do presidente, o primeiro-ministro Viktor Yanukovich, de fornecer fundos para a condução de uma campanha para a eleição parlamentar estabalecida em 27 de maio. O presidente acusa o Congresso de tentar expandir sua base de poder violando a Constituição.

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