PUBLICIDADE

Congresso hondurenho vai decidir volta de Zelaya após eleições

Decisão pode pôr em xeque reconhecimento internacional do pleito.

Por BBC Brasil
Atualização:

O Congresso hondurenho deve votar sobre a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya, no dia 2 de dezembro, três dias após as eleições gerais marcadas para 29 de novembro, disse nesta terça-feira o presidente da casa, José Alfredo Saavedra, à rádio local HRN. "Decidimos oficializar a convocatória para que no próximo dia 2 de dezembro ocorra a sessão para analisar o tema", disse ele. Saavedra disse que os congressistas já têm uma posição sobre os pareceres que pediram de quatro instituições hondurenhas antes de iniciar a votação. "Recebemos a posição da Comissão Nacional de Direitos Humanos (na semana passada), no dia de hoje da Procuradoria Geral da República e, fomos informados oficialmente, que receberemos na semana que vem o relatório do Ministério Público e da Corte Geral de Justiça", completou. Zelaya Muitos países latino-americanos disseram que não reconheceriam o pleito hondurenho se Zelaya não fosse à Presidência antes das eleições. Mas os Estados Unidos não descartaram restaurar laços diplomáticos com o novo governo eleito de Honduras mesmo se Zelaya não voltar ao poder. No final de semana, Zelaya disse que não aceitaria voltar ao poder se a restituição ocorresse após as eleições. Tanto Zelaya como o governo interino de Roberto Micheletti assinaram, no mês passado, um acordo para tentar por fim à crise hondurenha, mas os dois lados discordam sobre se o pacto está sendo cumprido. O acordo fala da formação de um governo de unidade nacional, mas não torna obrigatória a volta de Zelaya, deixando para o Congresso decidir a questão sem estabelecer um prazo para isso. Zelaya segue, desde o dia 21 de setembro, refugiado na embaixada brasileira na capital hondurenha, Tegucigalpa. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.