O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley, disse neste domingo, 18, que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vetará o projeto do Partido Democrata para fixar uma data da retirada de tropas do Iraque se esta chegar a ser aprovada no Congresso. A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo que busca aprovar US$ 95,5 bilhões em fundos de emergência adicionais para as guerras no Iraque e no Afeganistão. Os democratas insistiram em vincular a aprovação dessa verba extra a uma cláusula estabelecendo um calendário para a retirada das tropas do Iraque, o que, segundo Hadley, significaria o fracasso no país árabe e desperdiçaria o sacrifício feito pelos soldados americanos. "Se fizermos uma retirada prematura, veremos que as forças iraquianas não podem lidar com a situação, como é o caso agora", disse Hadley à rede de televisão "ABC", acrescentando que o Iraque se tornaria esconderijo para terroristas que buscam desestabilizar a região e atacar os EUA. O plenário da Câmara de Representantes deve votar nesta semana o projeto sobre fundos adicionais estabelecendo que as tropas dos Estados Unidos devem sair do Iraque, no máximo, em 1º de setembro de 2008. Essa retirada seria antecipada se o Governo iraquiano não cumprir suas obrigações no âmbito da segurança, distribuição da arrecadação procedente da venda do petróleo e outros objetivos considerados básicos pelos democratas. O secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse neste domingo à rede de televisão "CBS" que o projeto poderia impedir que os comandantes americanos no Iraque fizessem seu trabalho. "Sinceramente, como eu interpreto, o projeto da Câmara de Representantes gira mais em torno da retirada, independente das circunstâncias no terreno, que em torno de tentar obter um resultado positivo", disse Gates.