Conselho da ONU continua debate sobre a questão nuclear coreana

Uma resolução para impor duras sanções à Coréia do Norte por seu teste nuclear ainda está em discussão na reunião do Conselho de Segurança da ONU

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho de Segurança da ONU continuará debatendo amanhã uma resolução para impor duras sanções à Coréia do Norte por seu teste nuclear, apesar da pressão dos EUA para que o documento seja adotado antes do fim de semana. As possíveis sanções seriam conseqüência do teste nuclear realizado na segunda-feira passada pelo regime comunista de Pyongyang. Os EUA apresentaram hoje oficialmente uma minuta de resolução com a intenção de realizar a votação amanhã, mas diante das persistentes diferenças entre os membros do Conselho a decisão poderia ser Adiada. O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, assinalou que os membros do Conselho receberão amanhã um novo texto revisado, que incorpora algumas das emendas propostas pela Rússia e China, e que o texto poderia ser votado no final do dia ou no sábado. Na última versão do documento, se exige da Coréia do Norte que elimine seus programas atômicos e de mísseis balísticos sob controle internacional e que acate o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Contempla também uma série de sanções, como a proibição aos países de fornecer direta ou indiretamente material bélico e nuclear, assim também como impõe um embargo comercial aos artigos de Luxo. Também se pede aos Estados-membros que bloqueiem os equipamentos e recursos econômicos destinados a financiar os programas nucleares, e se cobra um controle e inspeção estritos de todas as mercadorias que entrem e saiam do país. Além disso, exige do Governo norte-coreano que retome imediata e incondicionalmente as conversas de seis lados (China, as duas Coréias, Japão, EUA e Rússia) sobre seu plano nuclear paralisadas desde novembro passado. A resolução, que será co-defendida pelo Reino Unido, França, Japão e Eslováquia, desperta ainda as reservas da China e da Rússia, que consideram que o Conselho não pode apressar uma votação de um assunto tão delicado. Rússia e China querem esperar os resultados também dos esforços diplomáticos que promovem altos funcionários de Pequim e de Moscou. "Acho que o Conselho deveria tentar responder ao teste nuclear na mesma semana que ocorreu. Estamos a favor de manter abertos todos os canais diplomáticos, mas queremos uma ação rápida", declarou Bolton. O embaixador chinês, Wang Guangya, disse não acreditar que o documento seja votado amanhã, e deu a entender que poderia ser adiado até a próxima semana.

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