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Conselho de Ética vigiará imprensa boliviana

A idéia de fundar um mecanismo de vigilância do trabalho da imprensa surgiu há oito anos e não deve ter caráter punitivo

Por Agencia Estado
Atualização:

Um Conselho Nacional de Ética, criado pelas principais organizações jornalísticas da Bolívia, começou a operar neste sábado para vigiar o conteúdo da mídia no país. O grupo tem o respaldo dos principais organismos da imprensa boliviana, explicou o presidente da Associação de Jornalistas de La Paz (APLP), Mario Maldonado. Além da APLP e da Associação Nacional de Jornalistas da Bolívia, o documento de criação do conselho foi assinado pela Associação Boliviana de Radiodifusão, pelos Meios de Comunicação Televisivos e pela Associação Nacional da Imprensa, que reúne os jornais. Segundo Maldonado, a idéia de fundar um mecanismo de vigilância do trabalho da imprensa surgiu há oito anos, em um encontro de comunicadores que ratificou o valor da Lei de Imprensa do país e, ao mesmo tempo, formulou a necessidade de auto-regulação. Os jornalistas do país defendem a Lei de Imprensa boliviana, aprovada em 1925, frente a uma constante crítica dos partidos políticos para que seja substituída e seja gerida de acordo com a modernidade e ao avanço tecnológico. Caráter punitivo Maldonado esclareceu que o conselho "não terá caráter punitivo", mas "é um mecanismo para uso da cidadania", que a cada dia observa mais os comunicadores, e "uma resposta à sociedade civil em sua reivindicação por um melhor comportamento ético da mídia". Os primeiros membros do Conselho são os ex-vice-presidentes do país Luis Ossio Sanjinés e Víctor Hugo Cárdenas, a historiadora Paula Peña, o escritor e jornalista Eduardo Trigo e o jornalista Rafael Archondo. Em abril começou a operar o Observatório Nacional de Meios, uma iniciativa que tem o objetivo de contribuir para o melhor conhecimento do trabalho dos veículos de comunicação em massa e gerar uma maior consciência autocrítica entre os jornalistas.

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