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Conselho de Segurança analisa pedido de reconhecimento palestino

Especialistas revisarão petição para checar se ela se adequa à Carta das Nações Unidas

Atualização:

NOVA YORK - O comitê do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que revisa as solicitações de ingresso no organismo internacional se reuniu nesta sexta-feira, 30, pela primeira vez para analisar a petição da Autoridade Palestina (AP) para que o Estado palestino seja reconhecido como seu membro pleno.

 

 

Ao concluir a reunião, que ocorreu a portas fechadas, o embaixador francês Gerard Araud disse a jornalistas que o comitê pedirá para especialistas determinarem se a solicitação "cumpre os critérios da Carta das Nações Unidas", que requer que os ingressantes sejam "amantes da paz" e aceitem suas cláusulas.

 

Segundo Araud, os especialistas farão uma primeira revisão dos aspectos técnicos da solicitação na semana que vem. O embaixador ainda disse que haverá mais encontros antes de o comitê apresentar suas conclusões ao Conselho de Segurança, integrado por 15 países.

 

Os diplomatas da ONU dizer que o comitê encarregado de aprovar os novos ingressos requer apenas uma maioria simples - oito dos 15 votos - para aprovar a petição e enviá-la de volta ao Conselho de Segurança. "Esperamos que os especialistas passem esta parte em um período curto", disse o enviado palestino à ONU, Riyad Mansur.

 

A solicitação pelo reconhecimento do Estado palestino foi feita exatamente há uma semana pelo presidente da AP, Mahmoud Abbas, apesar das objeções dos Estados Unidos e de Israel. Enquanto isso, a comunidade internacional tenta recolocar israelenses e palestinos frente a frente para negociar.

 

Para que seu Estado seja reconhecido na ONU, os palestinos precisam da aprovação do Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. Embora eles dizem ter apoio no segundo caso, o problema está na primeira etapa. Os Estados Unidos, membros permanentes do conselho, prometeram usar seu poder de veto na proposta palestina. A obtenção de votos a favor no órgão, porém, representaria um amplo apoio internacional.

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