
13 de abril de 2009 | 21h01
O documento deixa claro que o lançamento violou uma resolução do conselho, adotada depois que a Coreia do Norte ter feito um teste nuclear em 2006, e que proíbe que o país faça qualquer teste deste tipo. A declaração foi mais fraca do que a esperada pelos Estados Unidos e pelo Japão, com a qual a China e a Rússia, os aliados mais próximos da Coreia do Norte, não concordaram.
O embaixador do Japão na ONU, Yukio Takasu, que declarou que seu país foi o "mais ameaçado pelo lançamento". Porém, ele disse que seu governo estava "muito satisfeito" com a declaração oportuna e "muito forte", que enviou uma mensagem unânime à Coreia do Norte de que o país conduziu um "ato muito provocativo" e que violou a resolução de 2006.
A Coreia do Norte fez advertências de que qualquer movimento para censurá-la na ONU poderia fazer com que o país se retirasse das conversações que têm como objetivo desmantelar seu programa nuclear. As conversações, que envolvem os EUA, China, Japão, Coreia do Sul e Rússia, estão paralisadas no momento.
Na declaração, o CS expressa seu apoio às conversações e "pede que elas sejam retomadas o mais rápido possível". O documento também expressa o desejo do conselho por "uma solução pacífica e diplomática para a situação" e por esforços para atingir "o desmantelamento do programa nuclear, de forma verificável, na península coreana".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e muitos membros do conselho enfatizaram a importância de enviar uma mensagem unificada para a Coreia do Norte a respeito do lançamento. O país asiático realizou o lançamento desafiando a intensa pressão internacional, afirmando que seu objetivo era colocar um satélite na órbita terrestre, o que seria permitido pelo tratado espacial da ONU. Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul afirmaram que na verdade a Coreia do Norte estava testando tecnologia de mísseis de longo alcance, o que Pyongyang não teria permissão para fazer.
Sanções
A declaração do conselho "condena" o "lançamento" de 5 de abril sem especificar se foi um míssil ou um satélite. O documento exige que a Coreia do Norte não "faça novos lançamentos" e reitera que Pyongyang deve implementar de forma integral a resolução de 2006, que também exige que o país suspenda todas as atividades com mísseis balísticos e "abandone todas as armas nucleares e programas nucleares existentes de forma completa, verificável e irreversível".
No comunicado, o conselho "concorda" em expandir as sanções sob a resolução de 2006, que ordena um congelamento financeiro dos ativos de empresas ou organizações empenhadas em dar apoio a programas norte-coreanos relacionados a armas nucleares, mísseis balísticos ou outras armas de destruição em massa.
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