Conselho de Segurança condena foguete norte-coreano e avalia resposta

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon considerou o lançamento como um 'ato provocativo'

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NAÇÕES UNIDAS - O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quarta-feira, 12, o lançamento de um foguete norte-coreano, e vai continuar avaliando respostas a essa violação de sanções anteriores, disse o presidente do órgão. "Os membros do Conselho de Segurança condenaram esse lançamento, que é uma clara violação das resoluções 1.718 e 1.874 do Conselho de Segurança", disse a jornalistas o embaixador marroquino Mohammed Loulichki, que preside o Conselho de Segurança neste mês. Após reunião a portas fechadas para tratar desse assunto, Loulichki disse que os membros do Conselho "continuarão as consultas sobre uma resposta apropriada". Ele lembrou que em abril o Conselho alertou Pyongyang de que agiria caso o regime comunista norte-coreano tentasse novamente lançar foguetes. A Coreia do Norte diz que usou o lançamento de quarta-feira para colocar um foguete em órbita, mas a comunidade internacional diz que o país violou as resoluções que proíbem o desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou fortemente o "ato provocativo" da Coreia do Norte. O sul-coreano pediu aos líderes da Coreia do Norte que, em vez de lançar foguetes, "construam a confiança com seus vizinhos, ao mesmo tempo em que dão passos para melhorar a vida do seu povo". Vários diplomatas do Conselho se disseram favoráveis à adoção de alguma medida, provavelmente ampliando sanções já existentes. Isso poderia levar à inclusão de mais entidades norte-coreanas sob o regime de sanções, à proibição de viagens e congelamento de bens de autoridades da Coreia do Norte, e ao endurecimento do regime de inspeção de cargas. O embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse que o Conselho "deve reagir, deve reagir rapidamente, e deve reagir fortemente a essa provação". Um diplomata ocidental graduado disse, sob anonimato, que EUA, Europa, Japão e Coreia do Sul estão a favor da ampliação de sanções. Mas qualquer medida dependerá em grande parte da China, que tradicionalmente protege a vizinha Coreia do Norte no Conselho, e da Rússia, aliada diplomática de Pequim no Conselho. Os dois países têm poder de veto e tendem a agir coordenadamente. "Exatamente o que os chineses estarão preparados para aceitar em forma e substância não está ainda claro", disse o diplomata. Ele disse esperar que uma resolução seja definida até o final da semana que vem.

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