NOVA YORK- O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta terça-feira, 24,o atentado perpetrado pelo grupo radical islâmico Al Shabab contra um hotel em Mogadiscio, capital da Somália, no qual morreram ao menos 33 pessoas e 40 ficaram feridas.
Segundo uma declaração lida pelo seu presidente de turno, o embaixador russo Vitaly Churkin, o máximo órgão da ONU também expressou seu apoio ao governo de transição somaliano e ao processo de paz que tenta colocar fim ao longo conflito interno do país.
Além disso, o conselho reiterou seu respaldo aos soldados de Uganda e de Burundi que integram a Missão da União Africana na Somália (AMISOM), alvo de frequentes ataques dos rebeldes islâmicos.
Segundo um comunicado do governo, alguns dos terroristas estavam vestidos de guardas no momento do atentado.
O ataque ocorre apenas um dia depois de o porta-voz do al-Shabab, grupo ligado à rede terrorista Al-Qaeda, ameaçar com o início de uma guerra contra os "invasores", uma referência aos 6 mil soldados da União Africana na cidade.
O al-Shabab também foi o responsável por dois ataques em Uganda durante a transmissão da final da Copa do Mundo, quando 76 pessoas morreram. O grupo disse que a ação foi uma resposta à participação das tropas ugandenses na União Africana.
A Somália não consolida um governo há 19 anos. Os insurgentes islâmicos tentam derrubar o governo de Mogadiscio desde janeiro de 2007 para impor a Sharia - lei islâmica - no país.