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Conselho de Segurança da ONU discute crise de mísseis coreanos

Reunião será a portas fechadas. Japão anunciou que vai impor sanções econômicas à Coréia do Norte em represália ao lançamento dos mísseis

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho de Segurança da ONU se reúne a portas fechadas nesta quarta-feira, às 11 horas (de Brasília), a pedido do Japão, para discutir a crise provocada pelo lançamento de vários mísseis por parte da Coréia do Norte, informaram fontes da organização. A reunião foi solicitada pelo embaixador do Japão na ONU, Kenzo Oshima, ao embaixador da França, Jean-Marc de la Sabliere, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança no mês de julho. Na reunião, o Japão pode apresentar um projeto de resolução contra a iniciativa norte-coreana. Mas os detalhes do texto ainda são desconhecidos. O ministro de Relações Exteriores do Japão, Taro Aso, anunciou que seu país vai impor suas próprias sanções econômicas à Coréia do Norte em represália ao lançamento dos mísseis, um deles intercontinental. Em declarações à imprensa citadas pela agência Kyodo, Aso confirmou que um dos pelo menos seis mísseis disparados era de longo alcance. Ainda existe uma certa confusão sobre o número exato de mísseis que foram disparados. O governo japonês disse que pelo menos um deles pode ser de longo alcance, o que representa um grande motivo de preocupação para o país. O Departamento de Estado americano, por sua parte, considerou a iniciativa norte-coreana "uma provocação" e enviou para o leste da Ásia seu negociador para assuntos coreanos, o subsecretário de Estado, Christopher Hill. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Steve Hadley, comentou, no entanto, que a ação "não representa nenhuma ameaça" para os Estados Unidos. Hadley afirmou, além disso, que foram cinco os mísseis confirmados e não seis. Porém, fontes de inteligência da Coréia do Sul elevaram o número a 10. O presidente dos EUA, George W. Bush, considerou o lançamento de mísseis por parte da Coréia do Norte um "desafio contra a comunidade internacional", segundo fontes oficiais da Casa Branca. EUA e Japão já tinham avisado que poderiam recorrer ao Conselho de Segurança da ONU para impor sanções econômicas no caso de lançamento de um míssil balístico. O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, iniciou conversações urgentes com os outros membros do Conselho de Segurança, preparando a reunião.

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