
16 de agosto de 2012 | 16h35
O Conselho de Segurança da ONU extinguiu nesta quinta-feira, 16, a missão de observadores a Síria. O grupo de 300 monitores internacionais será substituído por uma pequena equipe de assessores políticos e militares, além de especialistas em direitos humanos. O novo escritório será responsável por coordenar na Síria os esforços da Liga Árabe e das Nações Unidas para pôr um fim ao conflito de 18 meses.
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De acordo com o embaixador da França na ONU, Gerard Araud, que preside o conselho, houve consenso em pôr fim a missão e substituí-la pelo escritório, conforme proposto pelo secretário-geral Ban Ki-moon. O diplomata europeu disse ainda que as condições para a prorrogação do mandato dos observadores - uma diminuição significativa da violência e o fim do uso de armas pesadas - não foram cumpridas. A validade da missão acaba no domingo.
Em carta ao conselho na semana passada, Ban argumentou ser imperativo que a ONU mantenha presença na Síria para apoiar os esforços de intermediação conjunta com a Liga Árabe para obter uma solução diplomática para a crise. As Nações Unidas têm atualmente101 observadores e 72 funcionários civis na Síria. O novo escritório deve ter entre 20 e 30 membros.
A atuação deles na Síria era uma das premissas do plano negociado pelo ex-enviado da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan. Com seis pontos, o acordo previa também um cessar-fogo, o início de negociações e formação de um governo de transição, mas nunca foi implementado.
Com Reuters
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