Conselho de Segurança da ONU quer esclarecer massacre na Síria

Países pedem que equipe de investigadores vá ao local onde teria ocorrido ataque com armas químicas

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Por Redação
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NAÇÕES UNIDAS - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que é necessário esclarecer o suposto ataque com armas químicas em subúrbios de Damasco nesta quarta-feira, 21, mas evitou exigir que seus especialistas que estão na Síria investiguem o caso.

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"Há uma forte preocupação entre os membros do conselho sobre as alegações e um senso geral de que deve haver clareza sobre o que aconteceu e que a situação deve ser acompanhada de perto. Os membros do conselho apoiam a determinação do secretário-geral de realizar uma investigação profunda e imparcial", disse a embaixadora da Argentina na ONU e atual presidente do organismo, Maria Cristina Perceval, após uma reunião de emergência do conselho a portas fechadas.

Estados Unidos, Grã-Bretanha e França estão entre os cerca de 35 países que pediram que a equipe de investigadores que está na Síria fosse direto ao local das denúncias, investigar o incidente o mais rápido possível. Mas Rússia e China se opuseram à linguagem do texto que exige uma investigação da organização internacional e falaram na possibilidade de o ataque ser uma "provocação" montada pela oposição síria.

A oposição síria acusou nesta quarta-feira as forças do presidente Bashar Assad de terem matado com foguetes que exalam um gás letal centenas de homens, mulheres e crianças enquanto dormiam. O suposto massacre, que pode ser o mais grave ataque com armas químicas desde a década de 1980, pode ter matado de 500 a 1.300 pessoas em subúrbios de Damasco.

Enquanto ocorria a reunião do Conselho de Segurança, Paris, Londres, Washington e Berlim enviaram ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, um pedido formal de investigação do caso. Em uma carta conjunta, os países pediram "informações críveis sobre o uso de armas químicas".

Segundo informações da agência AFP, o chefe da missão da ONU na Síria, o sueco Ake Sellstrom, está reunido com autoridades sírias para discutir a denúncia do ataque com armas químicas./ REUTERS e AP

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