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Conselho de Segurança e vizinhos do Iraque realizam reunião

Encontro de diplomatas pretende discutir soluções para violência sectária no país

Por Agencia Estado
Atualização:

Diplomatas de várias partes do mundo se reúnem neste sábado, 10, em Bagdá para discutir soluções para o conflito no Iraque. Participam da conferência representantes dos países vizinhos - Irã, Arábia Saudita, Síria, Jordânia e Kuwait -, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - e integrantes da Liga Árabe. A reunião começou às 11h30 (4h30 de Brasília), no Ministério de Relações Exteriores, com um discurso do chanceler iraquiano, Hoshiyar Zebari. Durante o encontro os negociadores discutirão uma saída para a violência sectária no país. Após a leitura de versos do Corão, Zebari deu as boas-vindas aos participantes. O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, tomou a palavra imediatamente depois para afirmar que seu país quer "recuperar o papel pioneiro na região depois da ditadura e de uma série de guerras". Maliki disse que o plano de reconciliação nacional é o único meio de salvar o país e acusou o terrorismo "que tenta semear o sectarismo" de prejudicar a reconstrução nacional. Além disso, pediu aos outros países que não intervenham nos assuntos internos do Iraque. O primeiro-ministro, acusado por seus oponentes de aplicar uma política sectária, insistiu que o plano de segurança para Bagdá e seus arredores, que entrou em vigor dia 14 de fevereiro, vai contra os que atuam fora da lei. Segundo Maliki, o plano já obteve resultados positivos, como a reabertura de lojas e centros de saúde. O governante acrescentou que a estratégia para recuperar a segurança na capital se estenderá mais tarde a todo o país. "O terrorismo que afeta o Iraque é o mesmo que afetou a Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Espanha e EUA", disse. Após o discurso, os participantes entraram na sala de reuniões, onde conversarão a portas fechadas.

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