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Conselho de Segurança pode isolar mais o Irã, diz China

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador da China na ONU manifestou preocupação, nesta sexta-feira, com o possível envio do Irã ao Conselho de Segurança. Segundo o representante chinês, isso faria com que o Teerã dificultasse as negociações que envolvem seu programa nuclear. As observações de Wang à respeito da questão estão em grande contraste com relação a posição dos principais países europeus que estão negociando com o Irã e os Estados Unidos. Eles sugeriram, nesta quinta-feira, que o Irã fosse levado ao Conselho de Segurança, onde o país, provavelmente, sofreria sanções, mas somente se a China não exercer seu poder de veto. Perguntado como o envio da questão ao Conselho poderia complicar a situação, Wang declarou: "Acho que isso faria com que as posições de algumas partes ficassem menos flexíveis neste problema". O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, prometeu, na manhã desta sexta-feira, que irá acabar com toda a cooperação voluntária que está oferecendo à AIEA caso o Irã seja encaminhado ao Conselho de Segurança para possíveis sanções. Quando o repórter mencionou isto a Wang ele declarou "que essa pode ser uma das possibilidades". O embaixador chinês pediu a cooperação do Irã com o Reino Unido, França e Alemanha, que estão coordenando as negociações para que Teerã abandone a conversão e enriquecimento de urânio. Os três países declararam que as negociações chegaram "ao limite", dois dias após o Irã violar os lacres da ONU em suas fábricas de enriquecimento de urânio, e declarar que iria recomeçar as pesquisas nucleares. O Irã insiste que seu programa nuclear procura, apenas, a geração de eletricidade e disse que suas pesquisas nucleares não são negociáveis. Os EUA e outros países suspeitam que Teerã quer a infra-estrutura e a tecnologia para construir armas nucleares.

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