Conservador britânico sai fortalecido de episódio

PUBLICIDADE

Por Renata Miranda
Atualização:

O líder conservador David Cameron vive um momento de glória na Grã-Bretanha. Suas ácidas críticas aos políticos que usaram dinheiro público para pagar contas pessoais e a maneira como tratou do problema em seu partido renderam a ele um grande aumento de popularidade - que o ajuda a chegar mais perto de realizar o sonho de ocupar o cargo de seu principal rival político, o primeiro-ministro Gordon Brown. "Apesar de ter integrantes de sua legenda envolvidos no escândalo, Cameron não hesitou em exigir uma investigação pública e, se as eleições fossem hoje, ele teria grande chance de vencer", afirmou ao Estado, por telefone, o professor Wyn Grant, do Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Warwick. "Muitas pessoas, porém, ainda relutam em votar nos conservadores, principalmente pela história de privilégios do partido." Essa relutância não exclui Cameron. Ele vem de uma família rica, que fez sua fortuna no ramo de finanças. Estudou no Eton College - a mesma escola onde estudam integrantes da família real. Antes de entrar para a política como um pesquisador do Partido Conservador, entre 1988 e 1992, ele também frequentou a Universidade de Oxford. No entanto, esse é um passado de elite que ele busca esconder. "Desde que assumiu a liderança dos conservadores, Cameron busca popularizar a imagem do partido", disse Steven Fielding, diretor do Centro de Política Britânica da Universidade de Nottingham. Segundo ele, a estratégia do conservador é se distanciar do governo de Margaret Thatcher, que, de 1979 a 1990, liderou o país e adotou medidas impopulares.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.