ESTRASBURGO - O luxemburguês Jean Claude Juncker foi eleito nesta terça-feira, 15, o novo presidente da Comissão Europeia com 422 votos a favor, 250 contra e 47 abstenções no Parlamento Europeu.
O nome de Juncker, candidato do conservador Partido Popular Europeu (PPE), legenda europeia que conquistou a maior representação na Eurocâmara após as eleições europeias de 25 de maio, foi proposto pelos líderes europeus em sua última cúpula, realizada entre os dias 26 e 27 de junho.
O presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, anunciou o resultado da votação e disse que se tratava de um momento "histórico". Pela primeira vez o presidente eleito da Comissão tinha sido designado pelos partidos políticos, o que vinculou o voto dos cidadãos nas eleições europeias à escolha de Juncker.
Juncker, de 59 anos, é ex-presidente do Eurogrupo e ex-primeiro-ministro de Luxemburgo. O político foi eleito principalmente pelo apoio dos parlamentares do PPE.
Alguns parlamentares sociais-democratas e liberais, que tinham anunciado apoio ao candidato do partido que obtivesse o maior número de cadeiras nas eleições, não cumpriram a recomendação e vetaram o nome de Juncker para não contrariar a opinião pública de seus países.
Os grupos Europa pela Liberdade, a Democracia Direta, a Esquerda Unitária, verdes, trabalhistas, conservadores e reformistas votaram majoritariamente contra o conservador, mas Juncker conseguiu apoio entre os ecologistas, segundo fontes parlamentares.
Juncker ultrapassou o resultado necessário com uma margem maior do que a esperada. Ele precisava ter o voto de 376 eurodeputados.
Na quarta-feira será realizada uma cúpula extraordinária dos líderes europeus para definir a distribuição de altos cargos da União Europeia para os próximos cinco anos. /EFE