Cônsul admite erro sobre brasileiro dado como morto

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Por Agencia Estado
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A inclusão de Alex Alves da Silva entre os cinco nomes citados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso como o de brasileiros mortos no ataque ao World Trade Center foi resultado "de um hiato de informação", conforme disse nesta terça-feira o cônsul do Brasil em Nova York, Flávio Perri. Sem indicar onde houve a falha que levou o presidente a dar Silva como morto, enquanto a família informa que ele está vivo, o diplomata argumentou que "essa era a mais natural das conclusões". "Continuamos a procurá-lo porque sua família não nos avisou de que ele havia feito novo contato", explicou o cônsul. Segundo a ex-mulher de Silva Cristiane Fucilini, que mora no Rio Grande do Sul, ele telefonou para a família no dia 14 de setembro, contando que fora ferido no ataque ao WTC, mas não disse onde estava. Isso fez com que a irmã dele, Leila Silva, que vive em Minas Gerais, pedisse ao consulado para procurá-lo em Nova York. Silva teria telefonado novamente no dia 29, data do seu aniversário, para falar com seus dois filhos. Segundo Teresa Paulino da Costa, funcionária do consulado que telefonou para Cristiane nesta terça-feira, a mulher explicou que não informou a chancelaria sobre o segundo contato do ex-marido porque não tinha condições financeiras para fazer um telefonema internacional. Silva não quer que se saiba onde está porque é imigrante ilegal nos EUA e teme ser deportado. O consulado continua procurando por quatro brasileiros que teriam algum tipo de relação com o WTC e poderiam estar entre as cerca de 5 mil vítimas do ataque terrorista do dia 11 de setembro. Além dessas, segundo informou Flávio Perri, "há cerca de 30 pessoas das quais as famílias não têm informações há muito tempo e também estão sendo procuradas". Esgotadas as formas de busca que tentou até agora para localizar imigrantes a pedido de familiares no Brasil, o consulado brasileiro em Nova York deve recorrer, ainda este mês, ao anúncio público dos nomes daqueles que até então não forem encontrados. O anúncio deverá ser publicado em jornais da comunidade brasileira e também no The New York Times, solicitando que informações sobre essas pessoas sejam transmitidas diretamente ao consulado. Leia o especial

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