Controlador permitiu ataque por engano

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Por Agencia Estado
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Um soldado norte-americano que dirigiu em terra um bombardeio acidental no Kuwait permitiu o ataque e, tardiamente, pediu ao piloto do Hornet F/A-18 para que abortasse a missão de treinamento, informaram nesta terça-feira autoridades norte-americanas ligadas ao caso. Alguns detalhes do acidente ocorrido ontem permanecem obscuros. Mas oficiais disseram hoje, sob condição de anonimato, que um controlador de vôo dirigiu de modo errado o bombardeio e tentou cancelá-lo quando já era tarde demais. Cinco soldados norte-americanos e um major neozelandês morreram no incidente. O governo da Nova Zelândia encaminhou à Casa Branca um pedido urgente de explicações sobre o ocorrido. Aparentemente, duas das três bombas lançadas caíram nas proximidades do posto de observação avançado ocupado pelo controlador de vôo, disse o almirante Craig Quigley nesta terça-feira. Quigley, falando em nome do Pentágono - o Departamento de Defesa dos Estados Unidos -, não confirmou a seqüência dos eventos. Cinco militares norte-americanos e dois kuwaitianos ficaram feridos. Nenhum deles corre risco de morte, informou o Pentágono. Um norte-americano gravemente ferido foi levado a um hospital na Alemanha. Outros dois serão levados para lá quando receberem permissão para viajar, disse Quigley. De acordo com ele, o acidente ocorreu em meio à escuridão, com sensores de infravermelho ativados para visão noturna, e as condições climáticas não representavam um problema. "Tragicamente, as bombas caíram perto de soldados que estavam em um posto de observação na linha de tiro", comentou ele sobre o acidente. De acordo com ele, o erro ocorreu quase no fim de uma sessão de exercícios militares de grande proporção, com 79 de 85 decolagens concluídas. Três bombas de 227 quilogramas foram lançadas pelo avião da Marinha. Nenhuma delas era teleguiada.

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