Copa ameaça ampliar abstenção na Colômbia

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Por AE
Atualização:

Além da falta de entusiasmo causada pela ampla vantagem nas pesquisa do candidato Juan Manuel Santos, do partido do presidente Álvaro Uribe - que tem cerca de 40 pontos porcentuais de vantagem sobre seu rival, Antanas Mockus, do Partido Verde -, o segundo turno de amanhã na Colômbia enfrenta outro desafio: os jogos da Copa do Mundo. Apesar de a Associação do Comércio ter adiado o Dia dos Pais - que em vários países se celebrará amanhã - para a semana que vem, os jogos do Mundial disputam com a eleição a atenção dos colombianos. O voto no país não é obrigatório e há o temor de que o jogo aumente a abstenção.A seleção da Colômbia não se classificou para a Copa, mas a paixão pelo futebol e a torcida pelo Brasil é grande no país. Bares, restaurantes e lojas organizam eventos durante os jogos. Na Praça Bolívar, onde fica a sede do governo, a TV Caracol montou um telão para a população acompanhar os jogos."O dia 20 é muito importante para o Partido Verde", afirmou Mockus, pedindo o comparecimento de seus eleitores. "Não vale a desculpa ?eu queria votar em você, mas o jogo (da Copa) estava tão bom...?." Em Medellín, no encerramento de sua campanha no início da semana, Santos também pediu a seus partidários que deixem de assistir aos jogos "por alguns minutinhos para fazer um gol contra a abstenção no domingo".O índice de abstenção no primeiro turno, dia 30, foi de cerca de 50% - compatível com o padrão histórico. "É muito provável que a abstenção amanhã seja ainda maior que no primeiro turno pois, além de as pessoas acharem que o voto não fará diferença no resultado final, o Mundial influencia bastante", disse Manuel Salamanca, professor da Faculdade de Ciências Políticas da Universidade Javeriana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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