Copiloto disse à escola de voo da Lufthansa que teve 'depressão grave'

Em troca de e-mail com companhia em 2009, Andreas Lubitz admitiu problemas, mas anexou documentos que garantiam ter 'superado episódio'

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Andreas Lubitz em meia maratona em Hamburgo (13/9/2009) Foto: Foto-Team-Mueller / Reuters

BERLIM - O copiloto Andreas Lubitz, suspeito de ter derrubado deliberadamente nos Alpes franceses um Airbus A320 da companhia Germanwings, informou em 2009 à escola de voo da Lufthansa que tinha superado "um episódio grave de depressão", após ter interrompido durante vários meses seu processo de formação.

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A companhia aérea alemã informou nesta terça-feira, 31, em comunicado sobre este novo dado após realizar investigações internas e enviar à Promotoria de Dusseldorf documentos adicionais sobre a formação de Lubitz e seu histórico médico, que inclui um e-mail do copiloto à escola de voo sobre sua depressão.

No texto, Lubitz informou a escola que tinha superado o "episódio grave de depressão". Depois de enviar o aviso, o copiloto foi aprovado em todos os testes médicos aos quais foi submetido, diz a Lufthansa.

A revelação de que a Lufthansa, controladora da Germanwings, sabia que Lubitz sofrera de depressão gerou questões sobre os motivos que levaram a empresa a permitir que sua subsidiária de baixo custo o contratasse, em setembro de 2013.

Entre os documentos que a Lufthansa forneceu aos promotores alemães que investigam o caso está a transcrição dos e-mails trocados entre Lubitz e a escola de voo da companhia, incluindo cópias dos laudos médicos que garantiam que ele havia superado o caso de depressão. / EFE

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