Coréia ameaça fazer guerra nuclear em caso de ataque dos EUA

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Por Agencia Estado
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O anúncio dos Estados Unidos de que um de seus aviões de reconhecimento foi interceptado por jatos de guerra norte-coreanos agravou as tensões na Península Coreana, num momento em que há o temor de que a Coréia do Norte possa estar em condições de fabricar bombas nucleares em questão de meses. A Coréia do Norte não comentou o incidente. Sua mídia oficial informou apenas que o que chamou de exercício militar americano-sul-coreano era "a preparação de um ataque". As manobras, que vêm sendo efetuadas desde 1961, terminam em 2 de abril. "Este exercício está intensificando o perigo de enfrentamentos armados na Península Coreana", advertiu o jornal norte-coreano Minju Joson. "Se a águia (referência às forças armadas americanas) nos atacar, deflagrará uma guerra nuclear e é evidente que toda a nação coreana não escapará ao holocausto atômico", afirmou o diário, que foi citado pela agência de notícia sul-coreana Yonhap. Um porta-voz do Pentágono disse, ontem à noite, que quatro aviões norte-coreanos se aproximaram no domingo de um avião americano sobre o Mar do Japão. Um deles teria utilizado seu radar para identificar o aparelho americano com alvo, mas não houve disparos, informou em Washington o tenente Jeff Davis. Este foi o primeiro incidente deste tipo desde abril de 1969, quando um avião norte-coreano derrubou um avião de reconhecimento EC-121 dos Estados Unidos e matou todos os 31 americanos a bordo, disse Davis. Em uma entrevista a jornalistas em Washington, o presidente americano, George W. Bush, reiterou sua posição de que a situação possa ser resolvida por via diplomática. De acordo com Bush, a opção militar não foi abandonada, mas seria o último recurso para lidar com a Coréia do Norte.

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